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Meliponário no Horto Fiocruz

abelha

O Campus Manguinhos-Maré, no Rio de Janeiro, deu um importante passo em prol da conservação ambiental e da educação ecológica com a transformação do antigo apiário do Horto Cogic em um meliponário. O espaço, agora dedicado às abelhas nativas sem ferrão, já acolhe diversas espécies e se tornou uma referência em ações de conscientização e preservação.

Ação institucional com impacto positivo
O meliponário da Cogic é mais do que um espaço de acolhimento para abelhas nativas: é um exemplo de como a Fiocruz pode aliar conservação ambiental, educação e colaborações institucionais para promover sustentabilidade. Com o engajamento de diferentes setores, o projeto reflete o compromisso da instituição com a preservação da biodiversidade e com o futuro do planeta.
É importante salientar que as abelhas são resgatadas somente em caso de extrema necessidade, pois são animais nativos e devem ser conservadas. Normalmente, o resgate ocorre quando é identificado um enxame em local de produção, laboratório, em conflito com rede elétrica/dados ou em caso de execução de obra no local. Quando o enxame é resgatado, é recolhido para o Meliponário para ser mantido em condições adequadas.
No momento, não há produção de mel. O mel pode ser utilizado em parceria com outras unidades e biotérios para estudos e/ou na recuperação de algum animal debilitado.

Um refúgio no coração do campus
No período entre 2023 e 2024, foram identificadas nove espécies de abelhas nativas no campus Fiocruz Manguinhos-Maré, incluindo a jataí, iraií e lambe-olhos. Com isso, o Horto Cogic se tornou um local de acolhimento para enxames resgatados e um ponto de apoio à educação ambiental. O meliponário, composto inicialmente pelas espécies jataí, iraií, mandaçaia e lambe-olhos, promove também sensibilização sobre a importância desses insetos para a biodiversidade.

O desafio das abelhas nativas
Embora o Brasil possua a maior diversidade de abelhas sem ferrão do mundo, com mais de 400 espécies catalogadas, o desconhecimento sobre esses importantes polinizadores ainda é grande. Muitas vezes associadas à agressividade, essas abelhas enfrentam ameaças crescentes devido à perda de habitat e ao avanço urbano. Entretanto, elas são essenciais não apenas para a ecologia, mas também para a economia, sendo uma fonte de renda para pequenos agricultores.

Educação e colaborações
O projeto não para por aí. Em uma iniciativa inspiradora, a Creche Fiocruz incorporou a criação de quatro enxames às suas atividades, envolvendo as crianças no cuidado com as abelhas. As espécies criadas na creche incluem duas jataís, uma lambe-olhos e uma mandaçaia. Essa parceria tem despertado o interesse dos pequenos pelo mundo natural, incentivando o respeito e a preservação da fauna nativa.
Além disso, o setor de Criação de Primatas Não Humanos do ICTB está avaliando o uso do mel produzido no meliponário para enriquecer a alimentação de animais debilitados. O Museu da Vida também manifestou interesse em incluir as abelhas nativas em uma exposição fixa na restauração do antigo Pombal, ampliando o impacto educacional do projeto.
Atualmente, temos um trabalho em conjunto com a Creche Fiocruz – Campus Manguinhos, onde tem a criação das abelhas e um trabalho de conscientização junto com as crianças.

Por que as abelhas importam?
As abelhas sem ferrão desempenham um papel crucial na polinização, contribuindo diretamente para a manutenção da biodiversidade e para a produção de alimentos. No entanto, sem iniciativas de conservação e educação como as promovidas pela Cogic, muitas espécies poderiam desaparecer, trazendo impactos severos ao ecossistema.

Que essa iniciativa inspire novas ações e contribua para um mundo mais consciente e harmonioso com a natureza.
Para mais informações e/ou agendamento de visitas, entre em contato pelo e-mail educacao.ambiental@fiocruz.br.

O espaço no Horto Fiocruz

Alguns casos pelo Campus Manguinhos-Maré

 

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