Uma das entradas da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) passou por recomposição paisagística na área da cisterna, logo após a finalização das intervenções civis, que incluiu o refazimento da impermeabilização e canteiros, além da nova paginação de piso e realocação do mobiliário já existente (bancos em madeira plástica).

O conceito do projeto paisagístico manteve a propriedade da área, reforçada pelo contorno dos canteiros e paginação do piso. Com isso, foi realizado um desenho de manchas vegetais em linhas retas, formando faixas entremeadas de pedras ornamentais e brita, com a finalidade de conferir beleza cênica e, também, há outras faixas contendo apenas vegetação rasteira (forração).

Todas as espécies vegetais utilizadas nos canteiros são de pequeno porte, com pouca necessidade de água e de pleno sol, como as agaves e espécies de suculentas. A escolha das plantas e a quantidade de substrato distribuído pelos canteiros permitem a integridade da estrutura e o menor consumo de água durante a irrigação.

Vasos grandes de cimento, já existentes no local, e com formatos diferentes entre si, foram diagramados e redistribuídos fora da projeção da cisterna, de forma a dar “boas vindas” aos visitantes com palmeiras, arvoretas e espécies pendentes, conferindo áreas de pequeno sombreamento, além de impedir o acesso de veículos leves (como carrinhos elétricos) e pesados, sobre a estrutura da cisterna.

A área de Paisagismo, da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic), atua com a reutilização de materiais sempre que possível, de maneira a conferir novos usos aos antigos materiais. “Neste projeto, por exemplo, foram utilizados pisos intertravados, servindo de divisão nas faixas de vegetação e de contenção das pedras e britas. Já as pedras foram retiradas de áreas de aterro, dentro do campus Manguinhos”, relata Cíntia Moreira, Paisagista do Departamento de Gestão Ambiental (DGA), da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic).

As espécies vegetais, aproximadamente 1.100 mudas de plantas, utilizadas no projeto foram produzidas pelo Horto Fiocruz e o adubo foi obtido em parceria com a Comlurb (Fertlurb). Todos os insumos citados foram fornecidos pela Cogic.

Fotos: Paisagismo/Cogic